quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Na linha do trem




Esse é o primeiro não espetáculo, aqui não se apresentada nada, não que falte histórias para improvisar, mas porque o agora é a espera por essas histórias. acomodem-se e sejam bem vindos à sala da espera. Aqui não se (des)espera, então se acalmem, o frio na barriga pode ser pelo anseio, jamais por desespero.

Acaba que esse teatro ambulante se encontra por diversas vezes em espera, cada espetáculo e separado pelo tempo e espaço até que o aqui e o agora se encontrem e uma voz diga: Respeitável público! Talvez esse seja o momento da ansiedade máxima, é quando espetáculo está certo de começar, mas ainda não começou e não se sabe bem o que virá. Quando se sabe que ele está para começar... tudo é silêncio e a atenção se limita ao palco.

O momento anterior, o que anuncia que o teatro pegou a estrada e se colocou em movimento, que a rota do aqui foi traçada para cruzar com a do agora, que a ansiedade começa a borbulhar, é nesse momento que as mãos gelam de leve e o sono se vai. Está chegando, é o colorido de acrobacias e de risos e guizos que se aproxima, um novo espetáculo está as portas.

A ansiedade cresce e pode ser que o público não se contenha, sabendo da rota se encaminha para interceptar o teatro no meio do caminho e aplaudir logo na chegada os atores do improviso. E vão todos para encruzilhada mais próxima, a da linha do trem, onde se dá o encontro perfeito, digo perfeito porque as palmas encontraram o teatro bem a tempo de fazer da espera um espetáculo também. Ao improviso da plateia: risos e guizos!

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